terça-feira, 17 de março de 2009

Sacrifício Humano: retomando atividades

Depois da tristeza, o retorno à rotina. Susie ficou afastada da academia e de casa por mais de um mês assistindo sua mãe.

Eu relaxei um pouco esse tempo, não fui à academia desde a morte de minha sogra. Cheguei a 99,700 semana passada, nem tenho coragem de me pesar agora. Os remédios acabaram, tentei marcar consulta com a endócrino, só que ela sumiu do endereço. Procurei outra, já fiz exames e comprei os novos medicamentos.

"Começar de novo".

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Más notícias

Susie liga-me de Campinas informando o falecimento de sua mãe. Foi um mês de sofrimento no hospital.
Descanse em paz, querida sogra, segunda mãe.

Sacrifício Humano: registro da semana

Fiz uma experiência semana passada: o segundo tempo na academia. De manhã e à noite. Pensei que fosse um saco fazer academia à noite, estaria cansado, indisposto, etc. Mas foi justamente o contrário! Parece que à noite, depois de todo um dia de movimento (é... sou peão de rua!) o corpo responde melhor. Foi por isso que cheguei mais rápido aos dois dígitos e hoje pesei 97,800!

PS.: mas a barriga parece continuar a mesma... :-(

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sacrifício Humano: registro da semana


98,500
Finalmente os dois dígitos!
Fazia tempo que não dava uma banana pra balança!!!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Sacrifício Humano: registro da semana

100,400 e baixando...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Sacrifício Humano: quase dois dígitos...

Ops... começando bem a semana no que diz respeito à massa adiposa desprezível. 102,5kg, um bom registro. Mas... vamos com calma. Temos até o dia 31 de dezembro pra chegar lá.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Sacrifício Humano: refazendo cálculos

Não cheguei a 104 kg como queria. O progresso agora será mais lento. Hoje marcou 105,8, quer dizer, menos 1,8kg nesta semana que passou. O que indica que a marca de dois dígitos tem que ser adiada um pouco.

Ainda vendo a Grande Gelatina no vidro da academia.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sacrifício Humano: gelatina e balança


Não é nada engraçado ver o reflexo de meus movientos no vidro da academia quando estou na bicicleta. Parece uma enorme gelatina num barquinho à deriva no mar. :-(

Após mais uma sessão de tortura aeróbica/musculação/aeróbica (arf) um encontro com a algoz balança. Surpresa: foi boazinha! Marcou "apenas" 107,8 kg. Um progresso de 7,2 kg desde o início do ano! Sei que essa é uma fase de soltar lastros fáceis. Nem sempre vai ser assim, afinal não sou feito só de vento (só o cérebro). Será que dá pra chegar a 104 kg na próxima semana? E a dois dígitos no começo de fevereiro? Como nas "liqüidações": 99,999 kg...

sábado, 10 de janeiro de 2009

Golpe do AÇAÍ emagrece a carteira dos americanos

Grãos de açaí para perda de peso reivindicando o endosso de Oprah faz carteiras magras e consumidores furiosos adverte BBB

O Better Business Bureau alerta que os consumidores devem ser cautelosos com anúncios on-line baseados em autenticações de celebridades para vender açaí e produtos relacionados com o emagrecimento.

O açaí foi destaque nacional (USA) em programas de TV e elogiado por médicos e celebridades pelo seu elevado nível de antioxidantes. Declarações sobre o açaí incluem a luta contra o câncer e envelhecimento e promove a saúde dietética e perda de peso. O produto foi supostamente apoiado por Oprah, Rachel Ray e outras celebridades.

Anúncios on-line e sites da Web incluem muitas vezes uma foto de uma celebridade - como Oprah - e afirmam que ela aprova o açaí como um produto para perda de peso milagrosa.

Além disso, vários sites utilizam a mesma modelo, com nomes diferentes, para elogiar e divulgar o produto (clique na foto para ampliar).

Mas o gosto do açaí começou a ficar amargo para os consumidores americanos

O BBB - Better Business Bureau, organização que define normas para o mercado, recebeu milhares de reclamações de consumidores que se inscreveram para uma oferta de teste gratuito. O açaí é enviado sem custos ao consumidor por um período determinado.

Distribuidores de Açaí bloqueiam clientes depois que o teste gratuito expira

O esquema de vendas é semelhante em várias empresas:

A empresa oferece um teste gratuito de seus produtos. Se o consumidor não cancelar dentro do período experimental são enviadas garrafas adicionais todo mês e cobrados US$ 85,90. Denúncias mostram que o período experimental oscila entre 10 e 14 dias a partir de quando o consumidor solicitou o teste gratuito, e não a partir de quando recebeu o produto.

Os queixosos afirmaram ter dificuldade em cancelar a sua subscrição. A chamada para o número de telefone listado encontra a linha fora de serviço, ocupada ou é desviada para o correio de voz.

Os reclamantes também tiveram dificuldades para cancelar sua inscrição através do e-mail fornecido. Em alguns casos, o endereço de e-mail não funcionou ou o queixoso continuou a ser cobrado mesmo após vários e-mails enviados. Vários clientes relataram que foram obrigados a encerrar as contas bancárias e cartões de crédito para cancelar taxas recorrentes.

O produto parece que realmente emagrece: a carteira do consumidor.

Leia a íntegra clicando aqui (em inglês).

Livre tradução minha com a ajuda das ferramentas de idiomas do Google
Sites relacionados em que a mesma modelo "assume" várias identidades:

Nancy, Naomi, Sarah, Jenny

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Fila, grill, sola de sapato e fila de novo

Difícil rever e quebrar padrões. São nove dias e ainda estou procurando meu Norte Dietético. Nunca tive horários para comer. Agora, dizem que preciso.
Pois bem, vamos lá.
Almoço entre meio dia e duas da tarde. Isso, aqui no centro de São Paulo significa "fila".
Fila pra rodar o "buffet" do "self service" com alguém bufando no seu cangote. Enquanto espero a pessoa da frente se decidir entre uma rodela de tomate ou um rabanete, fico pensando nos voos circulares dos urubus sobre a carniça.
Prato pronto, já em vias de esfriar, pega-se a fila da pesagem. "O próximo! Vai beber o que? Pode tirar."
Pra sentar não tem fila, tem que ter olhos treinados. Surgiu um lugar, vamos lá! A comida, semi-fria, a fila do caixa que já esbarra na sua mesa, o vizinho saindo "com licença" e a tevê mostrando as últimas bombas caindo em algum lugar do planeta.
Finalizando, a fila do caixa. "Débito ou crédito?" Pronto. Você sabe o que comeu?
Resolvemos, Susie e eu em comprar um tal de grill. Semelhante com o que aparece na tevê, anunciando que "é um produto amigo do seu coração, eliminando a gordura de verdade sem abrir mão do sabor!"
Estaria resolvido o problema: a partir de agora era só fazer um arroz, salada e a carne seria grelhada, fantástica como o que é mostrado nos anúncios sorridentes do saudável povo televisivo.
Nada de filas, nada de faltas súbitas de pratos anunciados como diários.
Dois bifões caprichados foram colocados para uma inauguração festiva e cheia de saúde. O que saiu dali foram duas solas de sapato intragáveis e insossas.

Segunda-feira, de volta às filas e às bombas da tevê.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Falta de padrão & amadorismo

Ontem comi um badejo muito bom. Hoje voltei lá, pois fui informado que "peixe é todo dia". Logo de início, faltou salada. Um pedaço de vagem aqui, uma rodela de cenoura ali... "tá bem, o peixe compensará".
"E o badejo, moça?"
"Cabô..."
"[#@#@#&*#@] E o frango, onde está?"
"Sai daqui cinco minutos..."
"Moça, segura meu prato."
"???"
"Tchau."

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Dieta para quem come fora

Dietas, dietas, dietas...

Tenho navegado por sites que falam de dietas, regimes e coisas afins (não basta o sacrifício de fazer. Para um maior aproveitamento da dor, é preciso lembrá-la a todo momento. Vale lembrar que minha fase de irritação com novos padrões de vida ainda não passou).

Dentre várias dietas uma chamou-me a atenção pela grande quantidade de links encontrados nos motores de busca e, ao que parece, aborda um assunto que me diz respeito: a impossibilidade de se comer regularmente em algum local fixo. Deve ser isso, dois ou três leitores abnegados do meu blog que me corrijam se esta é mais uma das besteiras que escrevo.

Bem, então fui lá, no site oficial da “The South Beach Diet” (http://www.southbeachdiet.com/).

Logo de cara, um “brinde”: um "script" solicita que você preencha seu peso, altura, idade, sexo e meta de redução de peso. Ao término do preenchimento abre-se outra página para confirmação de dados e sugerindo que você receba alguns boletins a respeito (nossos comerciais, por favor, óbvio). A próxima página se propõe a orientar e comentar sobre sua dieta baseado nos dados que você forneceu (“Here’s your free diet profile”).

A tradução é mais ou menos essa:


“Prepare-se para jogar fora seus quilos extras!




Os valores abaixo estão em libras (peso).

Peso atual: 242 libras (110 kg)
Peso ideal: 121 -153 (54kg - 69kg)
IMC atual: 38
IMC ideal: 18,5 - 25

Sobre o seu IMC

Seu Índice de Massa Corporal (IMC) está acima da faixa normal de peso para a sua altura.

The South Beach Diet’ pode ajudar, orientando-o sobre carboidratos e gorduras corretas.

Ao modificar sua dieta, você vai corrigir a forma como o corpo reage aos alimentos que lhe causaram peso excessivo.

Você não vai perder peso porque você estará comendo menos; você vai perder peso porque estará comendo menos dos alimentos que criam ansiedade por alimentos não saudáveis que fazem seu corpo armazenar gordura excessiva.”



Quanto ao “peso saudável”, nem quando tinha dezoito aninhos tinha 54 quilos.

Pode ser que tenha feito uma conversão capenga de libras para quilogramas.

Para saber mais, tenho que pagar US$ 5,00 por semana. Bem, aí é muuuito Sacrifício Humano!


    terça-feira, 6 de janeiro de 2009

    Você já ouviu falar da "Dieta Detox"?

    Eu não conhecia. Mas o site "Altmedicine.about.com" explica o que é. Abaixo um breve resumo e, se interessar, clique aqui para saber mais a respeito (em inglês).

    "Detox, abreviação para desintoxicação, é a eliminação das substâncias potencialmente tóxicas do corpo.

    Embora detox seja pensada como um tratamento da dependência de álcool ou drogas, o termo também é utilizado para referir-se a dieta, ervas, e outros métodos de eliminação das toxinas ambientais e alimentares do corpo para a saúde geral."

    segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

    Sacrifício Humano: alguém vai ter que emagrecer em 2009...

    Dupla de peso!


    Hoje comecei academia. Tenho algumas fotos deste feito histórico. Vou postar devagar para a pessoa que resolver passar por aqui não se assustar. Ir se acostumando aos poucos. São cenas chocantes. Tomei o cuidado de esconder partes que violam as boas maneiras visuais.


    domingo, 4 de janeiro de 2009

    O Gordo Bastardo

    Continuando minha busca por outros sofrimentos adiposos, deparei-me com um "fat bastard" como se intitula um gordo arrependido e, por que não dizer, bastardo (foi ele que falou!).

    Lembro que meu monoglotismo tem que ser auxiliado pelo Google com aquela tradução, por vezes (quase sempre), sem sentido.

    Diz o "Fat Bastard":

    "O Bastardo saiu! "

    "Estou clinicamente obeso e sim, eu sou um idiota."

    "Não, eu não sou um canalha normalmente para outras pessoas. Eu sou um bastardo para mim. Eu próprio me trato mal."

    Ele assume que tomou "cervejas, apertivos, salgados, doces, etc" e que isso acabou levando para o ralo "um par de meses de trabalho árduo." E pergunta: Como é que posso ser tão bastardo?"

    Ele viajou a negócios e estava ansioso para se pesar ao voltar. Lamenta dizendo que "a realidade é terrível" pois perdeu "três miseráveis libras".

    A última postagem do "bastardo" foi em 11 de agosto de 2008. Teria ele deixado de ser bastardo? Teria assumido de vez sua "bastardice"?

    O texto original (em inglês) está aqui.

    sábado, 3 de janeiro de 2009

    Sacrifício Humano: e aí apareceu o cunhado...

    Ele não sabia do sacrifício humano. Quer dizer, não teve culpa de me convidar pra feijoada hoje.

    Será que acontece com você, também? É só parar de fumar pra te oferecerem cigarro, é só parar de beber pra te convidarem pra tomar "um choppes", é só começar um regime pra te convidarem pra que? Pra feijoada...

    Ah, cunhado...

    Pior que tive de ir à Marajá (melhor feijoada do centro novo!) pra comprar um franguinho magricelo...

    sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

    Recortes de navegação dietética

    Existem centenas, talvez milhares de sites em Português que falam sobre dietas, regimes e outros instrumentos de tortura. Mas como estou sem fazer nada neste feriadão prolongado e, privado de minha mesa cheia de encantos gordurosos e etílicos, resolvi dar uma passeada em sites de plagas distantes.

    Como sou monoglota convicto, solicitei a ajuda do Google para tentar entender alguma coisa. Pelo que vi, não há grandes novidades. Os aconselhamentos são quase sempre os mesmos. O Dr. Thomas Walser da Suiça diz, por exemplo, que "o mais importante é que a fonte de energia (alimentação) deve ser menor do que o que se consome (metabolismo basal + extra movimento)". Em seguida, dá algumas dicas de exercícios: caminhar "diariamente pelo menos 10.000 passos por dia + 10 minutos de natação" sugerindo que deve ser praticada no Lago de Zurique. Maravilha, não? Deu até vontade de fazer esse sacrifício humano na Suiça.



    Uma coisa tenho certeza: não dá para tentar os dez minutos de natação no Tietê. Pelo menos aqui em São Paulo.


    Se você domina o alemão e quer saber mais, leia o artigo "A perda de peso começa na mente e da alma" que você lê clicando aqui.

    Saindo da Suiça e partindo para a Itália, vamos encontrar um conceito que, se o Google não se enganou, traduziu como a "dieta erótica".

    Hmmm... interessante... como seria esta forma de tortura? Será que, afinal, o sacrifício valeria a pena?

    A especialista em nutrição clínica Patrizia Bollo (bolo?) esclarece que "a comida é erótica quando há uma maneira sensual para comer: lentamente, cheia de amor e, ao final, muito gratificante. O oposto é 'pornoalimentação', mero apaziguamento rápido, compulsivo, áspero, frio".

    E eu que, desde tenros tempos freqüentei (não vou tirar o trema) pastelarias e lanchonetes... preciso me confessar urgente de minha devassada vida alimentar... terei salvação?

    Mais de alimentação erótica (em italiano) clicando aqui.

    quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

    Sacrifício Humano: promessas de início de ano

    quarta-feira, 24 de dezembro de 1997

    Natal 97

    Naquele tempo, Papai Noel não existia.
    Naquele tempo, o pai dava o presente.
    Que bem entendia.
    Se podia.
    Antes do dia. Do dia de Noel.
    Jesus vinha, nascia de novo.
    Entender?...
    era apenas dia de roupa nova, comida diferente.
    Presente?
    Nem sempre.
    Às vezes antes, às vezes depois...
    pra que a data certa se necessidade de criança é inconstante?
    Às vezes, quase sempre, nunca.

    Espaço grande,
    terra batida,
    barro vermelho,
    ilusões brincadas no chão...
    Pra que presente?

    Hoje só queria que Papai Noel trouxesse
    o barro vermelho
    e as ilusões esquecidas naquele chão.

    Resgate, vá ao encontro, viva as emoções dos Natais passados que ainda estão dentro de nós. É só querer encontrar!

    sábado, 13 de julho de 1996

    Meu pai

    Foi-se. Foice. Uma vida ceifada. Meu pai se foi. Apesar de tudo, merece o Céu. Se existir.

    sexta-feira, 12 de abril de 1996

    Esqui e lixo


    Devem ter, no máximo, 6, 5 anos. Estão os três deitados num colchão num cômodo de alguma casa. O sol ilumina seus rostos corados. Acenam alegremente para mim levantando seus corpinhos da cama. Sorriem e o sol parece realçar mais a alegria incontida.

    Antes, ou depois disso, não sei, estamos aguardando a chegada de várias pessoas em um trem.

    As imagens vão se sucedendo sem a preocupação de cronologias ou lógica. Agora é uma pista de esqui construida sobre lixo. Além do lixo, colchões e depois a neve. Alguém esquiando ultrapassa os limites e cai sobre um descampado. A pessoa dá piruetas e se safa de um tombo. Eleonora com a mãe: já tem a idade atual. Isadora conta sobre outras pistas de esqui que esteve nestes dias. Fala do que o pessoal tem feito. Nesta que estamos agora é para familias. Em outras é permitido uns amassos e as pessoas abusam levemente deixando mãos escorregarem "sem querer" em outras pessoas. Eleonora acha graça.

    sexta-feira, 9 de fevereiro de 1996

    Boca seca

    Estação Paraíso (do lado de fora). Literalmente sem um centavo. Saí de casa oito e vinte. Rua Augusta, hotel Panamericano. De lá estou indo pra ABL na avenida Liberdade. São onze e dez. Em jejum, sem dinheiro, parei aqui debaixo dessa providencial árvore pra descansar. A cabeça dói, a garganta seca, o sol rachando, a barriga roncando. Agora falta pouco. Vamos em frente.

    domingo, 28 de janeiro de 1996

    Cooptação

    Roberto olha o pai tratando-o como um estranho a ser eliminado. Mãos fechadas, dentes cerrados, olhar de ódio, nariz empinado. Alceu diz-lhe que isso não impressiona. Decepciona mas não impressiona. É uma pena, mas não tem nada mais a fazer.

    - Não precisa aturar-me, olhar-me tampouco conversar. Mas eu ainda vou lhe sustentar.

    Alceu tem encontrado nos últimos anos a mesma cena: a esposa Walquíria embriagada, mal vê o marido chegar e já o fustiga com termos impublicáveis. Alceu nada diz, não adiantaria. Sua preocupação agora é com Helena, sua filha mais nova.

    Alceu se apercebe que o relacionamento não está apenas abalado temporariamente. Descobre isso ao sair do banheiro e ouvir Walquíria cooptando Roberto com frases entrecortadas por acessos fenomenais de tosse e baforadas de cigarro: "(...) primeira oportunidade caio fora... você podia virar homem pra ajudar a gente sair daqui... ficar com isso aí?"

    quinta-feira, 25 de janeiro de 1996

    Subempregos

    Coisas mudando não só porque o dia avança, o mundo gira e os anos passam. Quase certo que não passem, passamos por eles já que o relógio não passa de uma sucessão de números que, afinal, estão parados. Na verdade os ponteiros somos nós.

    Curtas temporadas em empresas (empresas?) capengas. AGD, Skylines, todas quebrando. Se os deuses devem estar loucos no filme, alguém deve estar demente no turismo: gente trabalhando por vale refeição e vale transporte que... são descontados no final do mês! Daí surgem almas iluminadas a dizer que "você não pára em emprego"... oh!, Santa Sabedoria! Revoltante.

    Outras coisas a preocupar: começando o ano com 114,5 kg.

    Algumas idas ao Parque da Água Branca para caminhadas. É preciso mais que isso pra desalojar essa massa adiposa.

    domingo, 1 de janeiro de 1995

    ... feliz dor de dente

    Uma bela dor de dente pra começar o ano.

    sábado, 31 de dezembro de 1994

    Adeus dor de dente...

    Uma bela dor de dente pra terminar o ano.

    segunda-feira, 28 de maio de 1990

    Retalhos de início de ano

    15 de janeiro, início na Panexpress

    A briga eterna com a balança:
    13MAI: 89,300
    20MAI: 84,300
    27MAI: 82,200

    "Na feira da fantasia a realidade cobra caro" (que coisa estranha...)

    terça-feira, 26 de janeiro de 1988

    Luz apagada

    Quebrar vidraças, sair voando, gritar e ouvir eco no étero. As correntes fortemente atadas aos pés e mãos não deixam.

    Antes, ao menos, existiam sonhos, esperanças, força e razão do duro e anônimo "enfrentar o dia seguinte". Antes, ao menos, escrevia como forma de animar o interior. Antes, havia algum prazer em levantar, abrir a porta e sair. Caminhar, às vezes em círculos, mesmo que fosse para esperar o tempo ocioso passar. Caminhar foi a proposta pare este oitenta e oito, tão enrolado quanto seu modo de representar. Mas está difícil.

    Está escuro neste cômodo e eu tenho medo. Um interruptor, por favor! Preciso achar um na parede. Tomara que exista parede.

    quinta-feira, 14 de janeiro de 1988

    Estagnação

    Andar é preciso, tenho consciência disso. Mais que andar, correr, voar, quebrar barreiras...

    Fechar os olhos ou só olhar lá na frente, naquele ponto onde deve, a qualquer momento, surgir um foco de luz.

    Seis anos se passaram desde que, com alegria incontida, juntei-me à querida família pondo fim à agonia de somente vê-los aos finais de semana.

    Seis anos! O que fiz nestes seis anos para melhorar o padrão? Vejo, depois desse tempo todo que foram seis anos deestagnação em todos os campos: material, intelectual, espiritual.

    segunda-feira, 4 de janeiro de 1988

    De volta à cidade grande

    Insônia, pernilongos. 04:30 da matina, saio correndo com a mala (estará tudo aqui dentro?).
    05:45 no Jabaquara. Faço as contas: 06:00 no Paraíso. Três horas antes!

    É isso aí. À frente a fábrica da Brahma. Respiro, piso o pé direito no chão e começo a caminhar. Três horas me separam do provável novo emprego.

    Paulista, Rebouças (onde tem um banheiro, por favor?). Duas horas de caminhada.

    09:00 - pedem-me para retornar à Itaguaçu.
    11:00 - Itaguaçu. Aguardando. Entrevista com gerência, ganho mínimo de Cz$20.000/mês.

    16:00 - assumindo o posto na Dicka.
    Nilma Vieira de Melo (SAO/YYZ/SAO), minha primeira cliente.

    sábado, 2 de janeiro de 1988

    Pizzaria Firenze, Itanhaém

    Na segunda indecisão, decidi: Itanhaém das 19:00 de ontem até 03:00 de hoje, sem parar. Por um lado (pelo principal, atualmente), até que compensou. Foi difícil decidir.
    Depois, o caminhar pela dormente Itanhaém às 03:30 para alegrar-me, sonolento, com o ônibus ao raiar do dia (acho que já eram 06:00).

    Dormir, dormir! A surdez que se iniciou ontem continua (até quando?). Já não incomoda tanto. Agora, 15:00, lá vou eu (empurrado, diria, mas temos que correr!) de novo. E até amanhã.